Representações, mediações e campanhas de mobilização contra o trabalho infantil: como os adolescentes constroem sentidos? // Representations, mediations and mobilization campaigns against child labor: how adolescents make sense?

Autores

  • Luíza Mônica Assis Silva Universidade Católica de Brasília
  • Daniella Rocha Magalhães Universidade Católica de Brasília
  • Victor Márcio Laus Reis Gomes Universidade Católica de Brasília

DOI:

https://doi.org/10.9771/contemporanea.v13i3.14652

Palavras-chave:

Campanhas de mobilização social, trabalho infantil, representações sociais

Resumo

O objetivo deste artigo é avaliar como as peças das campanhas de mobilização do Fórum Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil (FNPETI) impactam as representações sociais de adolescentes sobre o trabalho infantil. Trata-se de um estudo sobre o processo de recepção, que tem como referências a Teoria das Representações Sociais de Serge Moscovici e a noção de mediações de Jesus Martin-Barbero. Realizamos uma pesquisa qualitativa multimétodo que contou com a participação de sete adolescentes cujas famílias são beneficiárias do Programa Bolsa-família, no Centro de Convivência (Cose) de Taguatinga, cidade periférica de Brasília. Os dados foram coletados em três etapas: percepções dos participantes sobre trabalho (1); recepção e avaliação das campanhas (2) e elaboração de peças de comunicação sobre trabalho infantil (3). Nas duas primeiras etapas o método utilizado foi o de Grupo Focal (GF) e no terceiro foi realizada uma oficina de cartazes, na qual os adolescentes criaram as peças sobre o tema. Verificou-se que as peças das campanhas não informam destacadamente aos adolescentes sobre a violação de seus direitos. Os resultados apontam que as campanhas afetam as representações sociais que estes possuem somente em relação ao público infantil, mas não criam identidade e sentido para a faixa etária relativa aos adolescentes. Nas peças elaboradas eles reproduziram os formatos tradicionalmente utilizados pelo Fórum, não se colocaram como sujeitos nas campanhas, tampouco informaram ou denunciaram a violação de direitos para este grupo.

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Biografia do Autor

Luíza Mônica Assis Silva, Universidade Católica de Brasília

Doutora em Psicologia Social, das Organizações e do Trabalho pela UnB. Professora do Programa de Pós Graduação em Comunicação na Linha de Processos Comunicacionais nas Organizações.

Daniella Rocha Magalhães, Universidade Católica de Brasília

Mestranda em Comunicação no Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Universidade Católica de Brasília. Especialista em Democracia Participativa e Movimentos Sociais pela UFMG. Consultora na área de Comunicação e Direitos Humanos.

Victor Márcio Laus Reis Gomes, Universidade Católica de Brasília

Doutor em Comunicação Social (PUCRS); Mestre em Administração (Unisinos); Graduado em Comunicação Social - Publicidade e Propaganda (PUCRS). Professor e pesquisador no Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Universidade Católica de Brasília, na Linha de Pesquisa em Processos Comunicacionais nas Organizações.

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Publicado

2016-03-16